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Os mercados globais oscilaram nesta quarta-feira entre duas forças que vêm ditando o ritmo financeiro das últimas semanas: a expectativa de um ciclo de cortes de juros e a persistente busca por ativos de refúgio em meio a um cenário de incerteza política e econômica. Na ausência de novos dados macroeconômicos relevantes — resultado do prolongado fechamento parcial do governo norte-americano — os investidores continuaram operando mais guiados por narrativas do que por números, interpretando discursos do Federal Reserve e movimentos nos rendimentos dos Treasuries como bússolas temporárias. Essa combinação manteve vivo o apetite por risco, especialmente nos setores tecnológicos ligados à inteligência artificial, mas também reforçou a demanda por ativos defensivos, com o ouro consolidando-se acima dos USD 4.000 por onça como símbolo de cautela e proteção de portfólio.
No mercado de commodities, o petróleo recuperou parte do terreno perdido nos últimos dias, favorecido por sinais de disciplina dentro da OPEP+ e por declarações da Rússia indicando intenção de manter a produção próxima aos níveis atuais. No entanto, a percepção de excesso de oferta no horizonte e a moderação da demanda global continuam limitando o otimismo. A recuperação parece, por ora, mais técnica do que estrutural. Já o ouro estendeu seu rali histórico, impulsionado não apenas pela expectativa de juros mais baixos, mas também por um contexto em que a incerteza geopolítica, as compras de bancos centrais e a escassez de alternativas seguras reforçam seu apelo.
A América Latina acompanhou esse cenário global com nuances próprias. No México, o peso conseguiu se sustentar em meio à cautela antes da divulgação dos dados de inflação — um indicador-chave para calibrar o próximo movimento do Banxico diante de um Fed disposto a reduzir as taxas de juros. No Chile, o IPSA registrou uma recuperação após várias sessões negativas, apoiado no tom mais construtivo dos mercados globais e em uma leve melhora no apetite por risco em mercados emergentes. A alta do cobre contribuiu para o desempenho positivo, favorecendo também o peso chileno (CLP).
Em conjunto, a sessão deixou a sensação de que os mercados ainda estão em uma fase de transição — presos entre o otimismo de uma desaceleração controlada e a prudência imposta pela fragilidade dos sinais macroeconômicos. Os investidores continuam apostando na narrativa de um “pouso suave”, impulsionando setores cíclicos e mantendo posições seletivas em renda fixa, enquanto acumulam ouro como seguro contra surpresas adversas. Por enquanto, o equilíbrio se mantém, sustentado mais por expectativas do que por evidências concretas — e qualquer dado relevante, seja uma inflação persistente, uma surpresa de crescimento ou um novo tropeço político, pode alterar o rumo dos mercados em poucos dias.
Mais uma vez, os investidores enfrentam um calendário macroeconômico com pouca informação devido ao fechamento parcial do governo, que tem baixa probabilidade de ser resolvido no curto prazo. Assim, a atenção se voltará para os comentários de membros do Fed, como o presidente Jerome Powell e Michelle Bowman. No entanto, não se espera novas sinalizações sobre a condução da política monetária além do que já foi revelado nas atas do Fed publicadas ontem.
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