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Diante da alta probabilidade de um fechamento parcial do governo norte-americano, os investidores dedicaram a sessão de ontem a antecipar dois efeitos imediatos: por um lado, a possível suspensão ou atraso na publicação de dados econômicos-chave, o que prejudicaria as perspectivas de condução da política monetária do Fed; por outro, um aumento temporário da aversão ao risco que, historicamente, se dissipa assim que se aprova uma medida de financiamento temporário. Nesse contexto, as bolsas mostraram volatilidade (com o VIX subindo cerca de 1%), o dólar se enfraqueceu marginalmente e os Treasuries registraram forte demanda no fim da sessão, em um posicionamento mais defensivo diante da possibilidade de “falta de dados”.
Em taxas e moedas, essa narrativa pesou mais do que os fluxos. A possibilidade de um “atraso nos dados” — em especial no relatório de emprego — obriga o Fed a adotar uma abordagem mais qualitativa e de gestão de riscos, que historicamente favorece os Treasuries de maior duração e pesa marginalmente sobre o dólar, situação refletida nos movimentos de ontem.
As commodities apresentaram comportamento misto. Os metais preciosos, apoiados na expectativa de menores taxas reais e maior aversão ao risco, estenderam o rali de setembro — com o ouro perto de máximas históricas neste mês — embora parte do otimismo intradiário tenha se dissipado no fechamento. Ainda assim, a demanda por refúgio, às vésperas do prazo fiscal nos EUA e com um dólar mais fraco durante a sessão, manteve os compradores ativos nas quedas. O petróleo, em contraste, permaneceu sob pressão: o mercado precifica que a OPEP+ poderia acelerar o aumento da oferta justamente quando os fluxos do oleoduto do Curdistão se normalizam, adicionando barris a um cenário de demanda frágil. Essa combinação — mais oferta e crescimento ainda fraco — inclinou o viés baixista do petróleo no curto prazo.
Na renda variável, a liderança continuou estreita. Tecnologia e “quality growth” seguiram atraindo fluxos no fim do trimestre, mas o ruído político reduziu o apetite por risco. A mensagem de fundo não foi tanto sobre ações individuais, mas sobre a resiliência de certos fatores: empresas com alto fluxo de caixa e baixo endividamento continuaram tendo desempenho positivo, em um mercado que se ajusta à ideia de um ciclo de cortes mais lento e dependente de dados. Em geral, os investidores não estão dispostos a assumir grandes apostas sem maior clareza de Washington.
Na América Latina, a dinâmica também foi marcada pelo dólar e pelas commodities. No México, o peso se manteve firme com leve viés de apreciação, apoiado pela fraqueza do dólar e pelo carry local atrativo, embora um shutdown prolongado nos EUA aumente a volatilidade em torno dos dados norte-americanos e seus efeitos de contágio. A bolsa mexicana fechou em alta, com os setores defensivos liderando.
No Chile, a narrativa se dividiu entre cobre e câmbio. Por um lado, o cobre encerrou um de seus melhores meses do ano devido à escassez de oferta, o que sustentou o setor minerador e o apetite por ativos andinos. Por outro, o CLP teve uma sessão mais tranquila em linha com o tom global do dólar, aliviando pressões sobre importadores e empresas do setor de varejo. O IPSA fechou o trimestre em alta, ainda que com episódios de volatilidade durante a semana; o debate de médio prazo segue centrado na tração industrial da China e no ritmo do ciclo de cortes do próprio Banco Central.
A Colômbia replicou o padrão regional: o peso se consolidou em torno de 3.900–3.930 por dólar, com a dinâmica negativa do petróleo e uma curva de juros mais plana já precificada. Com o BanRep mantendo a taxa em 9,25%, os ativos locais seguem sensíveis a qualquer ajuste nos prêmios de prazo ditados pelo Fed. Para outubro, a interação entre petróleo (termos de troca) e juros nos EUA (beta global) marcará o próximo movimento do COP.
O último trimestre do ano começa com o governo norte-americano parcialmente fechado. Nesse sentido, daqui em diante importam os seguintes fatores: primeiro, a duração do shutdown. Um fechamento de poucos dias seria apenas ruído; um de semanas começaria a ter impacto via atraso nos dados, menor gasto federal e um golpe na confiança, com o Escritório de Orçamento norte-americano alertando sobre potenciais afastamentos sem remuneração e rendas diferidas, ainda que depois sejam pagas retroativamente. De todo modo, os movimentos de mercado observados devido a esse impasse tenderiam a se reverter com o tempo, considerando que mais cedo ou mais tarde será alcançado um acordo, o governo voltará a funcionar normalmente e os dados macroeconômicos que deixaram de ser publicados serão reportados.
Outro fator a monitorar é o sinal da OPEP+: uma oferta mais agressiva colocaria um teto para o petróleo e, por extensão, para a inflação geral, reforçando um cenário de desinflação suave e menores taxas reais que impulsionaram os ativos de qualidade e o ouro em setembro.
Por fim, o tom da comunicação do Fed em uma janela com poucos dados: qualquer indício de que as condições para cortar juros no curto prazo mudaram será transmitido por toda a curva de taxas e pelo dólar.
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